Este espaço tem o propósito de divulgar assuntos referentes à nutrição e terapias complementares para indivíduos que desejam vivenciar o uso destas práticas em sua vida.

Insulina e leptina. O que o estresse tem a ver com isso?

É comum em algumas pessoas, submetidas a períodos de estresse, o aumento da ingestão de alimentos – principalmente os mais calóricos, como doces e frituras. Isso acontece porque o cortisol, hormônio liberado em situações estressantes, tem uma relação direta com a insulina e a leptina, que são hormônios responsáveis pela sensação de saciedade.

Ao nos alimentarmos, a alta concentração de insulina e leptina indica ao nosso cérebro que já ingerimos uma quantidade de comida suficiente, e então, encerramos a alimentação.

O alto nível de cortisol presente quando estamos estressados causa uma resistência a insulina e a leptina, dessa forma, não há a sensação de saciedade e, mesmo sem fome, continua-se a comer. Ele inibi a produção de insulina pelo pâncreas e a entrada de glicose na célula, podendo causar diabetes. A resistência a ação da leptina resulta no aumento do neuropeptídeo Y no hipotálamo, este NPY tem a função de aumentar o apetite.

Assim como pode estimular o sistema de recompensa em pessoas usuárias de drogas, o cortisol também pode promover a dependência a alimentos altamente palatáveis. Evidências mostram que alimentos bastante saborosos têm propriedades que promovem a dependência. Do mesmo modo como acontece com as drogas abusivas, esses alimentos podem ativar o sistema de recompensa cerebral, que compreende áreas dopaminérgia, opióides e endocanabinóides no sistema límbico, produzindo um poderoso reforço comportamental.

Se o estresse se torna crônico o ato de comer pode passar a ser uma forma de coping,e alimentos altamente palatáveis podem vir a ser viciantes. É importante se policiar durante esses períodos e tentar encontrar uma forma mais saudável de aliviar o estresse, como por exemplo, a prática de exercícios.

Fonte: Jornal da ciência

Nenhum comentário:

Postar um comentário