Este espaço tem o propósito de divulgar assuntos referentes à nutrição e terapias complementares para indivíduos que desejam vivenciar o uso destas práticas em sua vida.

7 alimentos que sabotam a dieta sem você perceber


Até mesmo as comidas consideradas "magras" pedem consumo moderado

A mudança dos hábitos alimentares é um dos fatores principais para ter sucesso na dieta. Exige que você consuma mais frutas e legumes, priorize alimentos mais nutritivos e faça escolhas mais saudáveis, reduzindo o consumo de açúcares e gorduras. Os resultados são compensadores. Bastam pequenos ajustes para sentir a diferença no corpo, para as roupas ficarem mais largas e você sentir mais disposição.

O esforço costuma surtir efeito na maioria dos casos, mas quando o ponteiro da balança emperra, as pessoas se indagam sobre o que estão fazendo de errado. Você já pensou que a resposta para a estagnação pode estar na listinha de compras do regime?

Muitas vezes, por desconhecimento, as pessoas acabam ingerindo alguns alimentos, porque acreditam que eles são saudáveis, leves e adequados para a dieta. O problema está na quantidade em que são consumidos. Muitos deles são calóricos e contêm taxas de gorduras que acabam sabotando o emagrecimento. Conheça abaixo os alimentos "pegadinhas da dieta" que exigem cautela na hora do consumo.

1. Granola
Este mix de cereais, frutas secas e castanhas leva fibras e vitaminas que dão saciedade e energia, mas também contém açúcar. Invista na versão diet/light da mistura. De acordo com a nutricionista Rosana Farah, 100 g de granola tem 421 calorias. Seguindo a tabela da dieta dos pontos, meia xícara (chá) apresenta quatro pontos. "O recomendado por dia é 25 gramas", diz a especialista. Prefira comer a granola no café da manhã para ganhar mais disposição e ainda ter um dia inteiro para gastar as calorias consumidas.

2. Água de sabor
Beber água para hidratar o corpo é essencial para a nossa sobrevivência e para a dieta. A água nutre as células, desintoxica o organismo, faz os rins e intestino trabalhar melhor. O ideal é beber até 2 litros de líquidos por dia. É pensando nisso que muita gente acaba abusando das águas de sabor. De limão, morango e até mesmo de maçã-verde e lichia, elas contém aditivos, adoçantes e, às vezes, até açúcar. Não deve ser consumida em grande quantidade, no máximo, dois copos por dia.

3. Saladas perigosas
A saladinha costuma ser uma opção leve e refrescante para os dias de verão, mas segundo a nutricionista Rosana Farah, aquelas temperadas com molhos prontos, azeite, queijos, azeitonas e croutons devem ser evitadas porque costumam carregar muitas calorias e gordurosas saturadas. Uma opção mais saudável é um prato de salada de folhas verdes, tomate, pepino e palmito, temperada com molho de iogurte desnatado e acompanhada de uma proteína mais leve, como o peito de frango ou peixe grelhado.

4. Açaí
A fruta da região amazônica faz sucesso, sobretudo entre praticantes de esportes que adoram se refrescar depois dos exercícios. Apesar de ser rico em nutrientes (principalmente: cálcio, ferro, vitamina B1), o principal problema do açaí é a quantidade de calorias do alimento, são 248 calorias em 100 gramas. Um copo de açaí tem 2 pontos e a tigela de açaí (com banana, granola e mel- 1 colher de sopa) tem 4 pontos. Os complementos na hora de consumí-lo também costumam tornar ainda mais calórica a fruta, dentre eles: granola, banana picada e leite condensado. "O ideal é consumir o açaí puro e, se for substituir o lanche da manhã ou da tarde por ele, coma uma tacinha pequena de 50 gramas".

5. Comida japonesa
Um dos alimentos que as pessoas mais gostam da culinária japonesa é o sushi. Apesar de ser feito com alga, vegetais e frutos do mar, o alimento tem a base de arroz e, às vezes, recheios calóricos como o cream cheese. Sem contar as versões fritas. O sushi têm entre 20 e 45 calorias cada um, mas o problema é que come-se muitos de uma vez só. Uma unidade tanto de atum quanto de salmão apresenta 1 ponto. A recomendação da nutricionista é "No seu almoço ou jantar, limite o consumo até quatro unidades, assim você pode desfrutar do restante do cardápio oferecido no restaurante japonês".

6. Refrigerante light ou zero
Os refrigerantes desse tipo não possuem calorias, mas um outro elemento do refrigerante causa preocupação nos especialistas: o adoçante. A nutricionista Rosana Farah ainda alerta que quanto maior for o consumo de adoçantes, maior fica o desejo por doces. "Estudos apontam o efeito do adoçante nas papilas gustativas fazendo com que fiquem mais receptivas ao sabor doce", diz ela.

7. Barrinhas de cereais
As barrinhas de cereais são ótimas opções para os lanches intermediários, mas contêm, em média, 100 calorias, portanto não devem ser ingeridas à vontade. As que possuem cobertura de chocolate costumam ser as com mais calorias). No caso das barrinhas de cereais (dependendo da marca), a pontuação varia de 0 a 3 pontos.
Por Roberta Vilela

AS DIVERSAS INDICACOES PARA UMA CONSULTA AO NUTRICIONISTA

Quando se fala em nutricionista, não raramente vêm à cabeça uma dieta de emagrecimento ou algo do gênero. Não é todo mundo que possui a consciência de que este profissional também é indicado para assistir a pacientes com problemas de saúde diversos, como diabetes, hipertensão ou controle das taxas de colesterol, trigicérides, doença inflamatória intestinal, só para citar alguns.

De acordo com a nutricionista Luciana Coppini, da equipe do Ganep Nutrição Humana, uma consulta deve ser feita mesmo quando não há nenhum problema diagnosticado. É uma medida essencial para a prevenção e a melhora da saúde e da disposição.

“É um especialista que deve acompanhar qualquer pessoas desde sempre. A mãe, quando deixa de amamentar seu bebê, deve procurar uma nutricionista para as primeiras orientações. Assim auxilia na introdução de novos alimentos e garante o equilíbrio da alimentação”.

À medida que a criança cresce, a avaliação é importante para detectar excesso de peso e/ou carência de nutrientes essenciais para o desenvolvimento, por exemplo. Para as mães, as orientações poderão tornar a rotina das refeições mais simples e prazerosas, com dicas para despertar o interesse da criança nos diferentes alimentos e em cardápios saudáveis e divertidos.

Problemas de gente grande
É na adolescência que os problemas mais graves tendem a acontecer. Distúrbios alimentares como anorexia nervosa ou a bulimia são muito perigosos. Pais e educadores devem estar preparados para identificar quando há algo errado. “A ida regular à nutricionista é muito relevante no tratamento destes distúrbios. O paciente corretamente orientado tem mais chances de se recuperar com saúde, reduzindo a probabilidade de recaídas”, afirma Luciana.

Outros problemas freqüentemente relatados nos consultórios de nutricionistas, segundo Luciana, são constipação, dislipidemia, diabetes, estresse, ansiedade, cansaço, fraqueza, sonolência excessiva, desânimo e insônia. Para todos eles, o cuidado com a alimentação pode ser a chave de uma vida mais saudável.

Cuidado com as armadilhas
Quando se fala de dietas para emagrecimento, o que não faltam são regimes tidos como infalíveis e receitas caseiras que prometem milagres. Portanto, todo cuidado é pouco.

“Devemos estar atentos com as informações divulgadas nos mais diferentes meios de comunicação sobre métodos rápidos e fáceis de perder peso. Mas inclusive as regrinhas e tabelas divulgadas em revistas devem ser utilizadas com precaução. Até mesmo estas simples informações devem ser analisadas e complementadas por um profissional, que solicitará exames adicionais, se necessário”, pondera Luciana.

Seguir por conta própria uma dieta sugerida em uma revista pode representar um sério risco à saúde. “Além de hipercolesterolemia, anemia e fraqueza, que são as conseqüências mais freqüentes, é muito comum o emagrecimento rápido e descontrolado vir seguido de um ganho de peso muitas vezes além daquele perdido”.
Brunna Soares e Monica Kulcsar

Insulina e leptina. O que o estresse tem a ver com isso?

É comum em algumas pessoas, submetidas a períodos de estresse, o aumento da ingestão de alimentos – principalmente os mais calóricos, como doces e frituras. Isso acontece porque o cortisol, hormônio liberado em situações estressantes, tem uma relação direta com a insulina e a leptina, que são hormônios responsáveis pela sensação de saciedade.

Ao nos alimentarmos, a alta concentração de insulina e leptina indica ao nosso cérebro que já ingerimos uma quantidade de comida suficiente, e então, encerramos a alimentação.

O alto nível de cortisol presente quando estamos estressados causa uma resistência a insulina e a leptina, dessa forma, não há a sensação de saciedade e, mesmo sem fome, continua-se a comer. Ele inibi a produção de insulina pelo pâncreas e a entrada de glicose na célula, podendo causar diabetes. A resistência a ação da leptina resulta no aumento do neuropeptídeo Y no hipotálamo, este NPY tem a função de aumentar o apetite.

Assim como pode estimular o sistema de recompensa em pessoas usuárias de drogas, o cortisol também pode promover a dependência a alimentos altamente palatáveis. Evidências mostram que alimentos bastante saborosos têm propriedades que promovem a dependência. Do mesmo modo como acontece com as drogas abusivas, esses alimentos podem ativar o sistema de recompensa cerebral, que compreende áreas dopaminérgia, opióides e endocanabinóides no sistema límbico, produzindo um poderoso reforço comportamental.

Se o estresse se torna crônico o ato de comer pode passar a ser uma forma de coping,e alimentos altamente palatáveis podem vir a ser viciantes. É importante se policiar durante esses períodos e tentar encontrar uma forma mais saudável de aliviar o estresse, como por exemplo, a prática de exercícios.

Fonte: Jornal da ciência